sábado, 17 de novembro de 2012

Never Sleep Again I

Olá, sejam-bem vindos ao reino do terror. Agora lhes apresento a primeira história de N.S.A, espero que todos vocês gostem... e tenham "ótimos" sonhos....

Insônia

 Em uma noite comum, de um dia qualquer, a data não tinha importância alguma, Mary não conseguia dormir, a garota ficava apenas pensando em seu 13° aniversário no dia seguinte. Que seria o primeiro sem sua avó, Linda. Que havia morrido dois dias depois do aniversário de 12 anos dela. 
 Sua avó, uma senhora de 77 anos, tinha muitos problemas de saúde, alguns ainda diziam "pelo menos ela está bem, não sofre mais e está junto do vovô, Alan" , mesmo que isso fosse de certa forma verdade, pelo menos a parte dela estar junto do vovô Alan, Mary tinha plena certeza que eles não estavam bem, a garota ficava muito incomodada em saber que ia morar na casa da avó falecida, que sua mãe havia herdado. Dês que soube do acontecido ela se arrepiava só em saber que sua avó tinha morrido ali, naquela casa, naquele andar onde ela estava sozinha, deitada, no escuro. Mary sentiu um arrepio em sua espinha só em pensar "isso é pura bobagem, fantasmas não existem" a garota disse baixo à si mesma. Mesmo querendo se acalmar e sabendo que de fato estava sozinha ali, seu coração batia acelerado, sem motivo algum, os pelos de seu braços estavam em pé, seu queixo batia, mas não de frio nem medo, simplesmente batia. "É melhor eu dormir, estou parecendo a chorona da minha irmã que tem que ir dormir com o papai e com a mamãe" Mary riu baixo se lembrando da cena ridícula que sua irmã Luci, de 7 anos, tinha feito na primeira noite que passaram naquela casa. 
 A pequena Luci gritava  chorava, toda molhada de xixi. A mãe delas correu para o quarto do segundo andar, onde ela e Mary dormiam.
-Que foi filha?- perguntou a mãe preocupada.
 A pequena não conseguia falar o que tinha acontecido, apenas apontava para a cama perto da janela que estava aberta. A mulher foi imediatamente em direção a janela e olhou para fora... nada, não havia nada de mais lá fora, nenhuma alma viva sequer. Apenas o cão, Spike.
-A...A...A vovó me machucou!- disse Luci entre os soluços. 
-Mas amor... A vovó virou uma estrelinha, se lembra?-disse a mãe abrindo a gaveta e pegando um pijama limpo. Luci começa abrir o berreiro novamente.
 Mary se revira na cama e se lembra que o quarto onde Luci dorme era de sua avó antigamente. E que talvez tenha sido tudo pura imaginação dela, e agora quem dormia no quarto da vovó era ela. Porque Luci pediu para trocar de quarto e a garota aceitou pois havia um enorme espelho na parede do quarto de sua avó."e se a Luci não tivesse imaginando?"o coração de Mary bateu rápido novamente. A garota respirou fundo par
a se acalmar e sentiu um leve cheiro de torta de maça que sua avó costumava fazer quando elas iam visita-la.
 A garota se levantou em um pulo ligando o abajur e correu até a parede onde ficava o interruptor perto de uma prateleira. Ela tateou a parede com pressa e sua mão bateu em uma coisa peluda ela segurou o grito e tirou a mão dali ao mais rápido possível passando a mão pela parede sentindo então o que ela procurava. Ela apertou o botão e a luz acedeu. Ela olhou para onde o tão tenebroso monstro a agarrou. Era apenas Ted o ursinho de pelúcia, que segurava um coração escrito "I LOVE YOU" e que havia descosturado e caído na  mão de Mary. Ela suspirou e sorriu "Deus como sou boba, mesmo!" pensou "vou beber um copo d'água para me acalmar".
 A garota abre a porta do quarto e sai, olha para um lado e vê apenas a escada para o terceiro andar onde ficava o quarto de sua mãe,a sala de balé, um quarto de hospedes e um banheiro, enfrente a sua porta havia a porta de seu antigo quarto que agora pertencia a Luci, ao lado um quarto desocupado a escada para o primeiro andar e mais adiante um banheiro. Ela desceu as escadas rapidamente e praticamente correu para a cozinha, bebeu um copo de água geladinha e voltou para segundo andar, mas parou no meio do caminho escutando uma canção que vinha de dentro do seu quarto:
-Cachorrinho, Cachorrinho, está latindo lá no fundo do quintal, cala a boca cachorrinho, deixa meu benzinho entrar! - era a voz da avó que vinha de seu quarto, ela se encostou na parede ao lado da porta do quarto de sua irmã. 
 Mary coloca a mão na boca abafando sua respiração alta e aguça sua audição, não havia ruido algum em toda a casa. Do nada Spike começa a latir ferozmente, e de repente parou e a musica começa novamente
-...Cala boca cachorrinho deixa meu benzinho entrar, deixe-o entrar, deixe-o entrar... - e a última frase se repetiu-se varias vezes, a garota ficou apavorada, não conseguia se mexer.
 Mary corre até o pé da escada que dá para o quarto de seus pais, qualquer coisa ela corria para os braços seguros de sua mãe. E novamente fez silencio. A garota novamente aguçou sua audição e ouviu pequenos baques vindo da cozinha...que chegaram ao corredor, ficando mais altos, subindo as escadas, como uma bola de gude quicando, 1,2,3 vezes, quando faltava alguns degraus para o ruido chegar ao corredor ela virou-se e correu escada a cima e foi-se para o quarto de seus pais, mas não entrou, ficou parada na porta, a encarando. Um súbito arrepio subiu sua espinha, ela queria saber se era a sua avó, ela desceu as escadas como se nada tivesse acontecido e voltou para o quarto, desligou as luzes sentou-se na cama de costas para o espelho.
-Vovó, você está ai? 
 Nada.
-Vo... - ela foi interrompida por um baque no corredor em frente a porta de seu quarto. Ela, que estava de frente para a porta, sentada aos pés de sua cama. A porta se abriu. Ela ficou parada olhando. 
 A senhora de longos cabelos brancos como a neve se aproximou. Seus cabelos estavam soutos e cobriam sua face envelhecida. 
-Vovó?- disse a garota se encolhendo na cama. 
 A mulher de cabelos brancos levantou seu rosto e a olhou sorrindo. Era sua avó, mas diabolicamente assustadora.
-Vai ficar tudo bem minha querida... - foi as ultimas palavras que Mary escutou antes de ser tomada pela escuridão.

2 comentários:

  1. UOU Rafinha! Cheguei a me arrepiar... Vai fazer muito sucesso com esse ramo!

    Abraço! www.blogopenbooks.blogspot.com.br

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